Bolsa de Valores Não é Loteria Esportiva
Muitos investidores iniciantes entram no mercado de ações buscando empresas baratas e esperando um retorno rápido. No entanto, sem a devida preparação, acabam investindo todo o seu capital em empresas desconhecidas ou que passam por dificuldades financeiras, o que leva à frustração. Isso acontece porque não tiveram o cuidado de analisar o balanço patrimonial da empresa antes de investir. Com mais de 500 empresas listadas na bolsa, escolher onde investir pode ser um desafio. Por isso, seguimos a estratégia de Luiz Barsi, que foca em empresas de setores perenes, como energia elétrica, saneamento, seguros, bancos e telecomunicações. Esse critério reduz significativamente a quantidade de empresas a serem analisadas, facilitando uma escolha mais consciente. Ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio da empresa. Com essa mentalidade, é essencial acompanhar notícias do mercado e os balanços financeiros das companhias. Como todo sócio, o objetivo deve ser o retorno sobre o investimento, que, no caso do mercado acionário, vem principalmente dos dividendos — pagamentos feitos pelas empresas conforme suas políticas de distribuição. Um erro comum entre investidores iniciantes é focar apenas no valor investido, quando, na verdade, o mais importante é a quantidade de ações que possuem. Quanto mais ações, maior será o recebimento de dividendos. Por exemplo, se uma empresa X paga R$ 1,00 de dividendo por ação e você tem 1.000 ações, receberá R$ 1.000,00. Por isso, o foco deve ser no crescimento da quantidade de ações ao longo do tempo e não apenas no valor investido inicialmente. A bolsa de valores não é um jogo de azar; o sucesso vem com estratégia, paciência e a construção de um portfólio sólido e sustentável.

